Educação socioemocional: um legado para toda a vida

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Educação socioemocional: um legado para toda a vida

Educação socioemocional:
um legado para toda a vida

Capacidade de reconhecer e gerenciar emoções está ligada ao melhor desempenho escolar e traz benefícios de longo prazo à sociedade

Publicado por Bruna Fleury
Data: 18/11/2020

Quando pensamos no papel da escola, tradicionalmente o associamos à transmissão de conhecimentos de matemática, português, idiomas estrangeiros, ciências e afins. No entanto, para de fato preparar os estudantes para um mundo em transformação acelerada, há algo que não pode faltar: a educação socioemocional.

Ela é importante porque ajuda a desenvolver a autoestima, a resiliência, a leitura das emoções, a capacidade de diálogo e a empatia — habilidades úteis tanto no ambiente escolar quanto na vida pessoal de qualquer pessoa. E, não por acaso, das poucas que um robô ainda não consegue substituir com facilidade. Num mundo em que a automação extingue profissões em uma velocidade estarrecedora, é uma vantagem que não se pode ignorar.

Não é à toa que o desenvolvimento de habilidades socioemocionais está entre as exigências da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), documento normativo que define o conjunto de aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver ao longo das etapas da Educação Básica no país.

Mas o que é exatamente a aprendizagem socioemocional? Ela pode ser definida como o processo de evolução no entendimento e gerenciamento de sentimentos, pelo qual crianças e adultos podem passar para ter mais sucesso pessoal e profissional. Ao reconhecer e administrar suas emoções, o indivíduo aprende a gerenciar melhor as situações do cotidiano e colhe resultados na qualidade de seus relacionamentos e decisões.

Para desenvolver a educação socioemocional dos estudantes, há cinco eixos principais que precisam ser trabalhados. São eles:

  • Autoconhecimento: trata-se da capacidade de se reconhecer como indivíduo e identificar suas emoções, pensamentos e valores, assim como a influência deles no próprio comportamento. Também envolve a avaliação de pontos fracos e fortes e o desenvolvimento de autoconfiança e amor próprio.
  • Autogestão: é a habilidade de regular as emoções, pensamentos e comportamentos de forma eficaz e independente em diferentes situações. Isso inclui controlar os impulsos, gerenciar a ansiedade e a motivação.
  • Consciência social: é a competência de assumir a perspectiva do outro e compreender diferentes motivações e comportamentos através de um ponto de vista empático e reflexivo.
  • Habilidades interpessoais: é a capacidade de criar e manter vínculos saudáveis com diversos indivíduos e grupos. Isso inclui comunicação clara, escuta ativa, cooperação, resolução de conflitos e busca/oferecimento de ajuda quando necessário.
  • Tomada de decisão responsável: é a capacidade de fazer escolhas bem sucedidas para si e para a comunidade, diretamente relacionada com o grau de autoconhecimento e de consciência social. Leva em consideração padrões éticos, questões de segurança, normas sociais e projeção de consequências.

Décadas de pesquisas em desenvolvimento humano e em neurociência cognitiva e comportamental,  além de práticas e políticas educacionais, iluminaram que os principais domínios do desenvolvimento humano — social, emocional, cognitivo, linguístico e acadêmico — estão profundamente interligados. Todos são fundamentais para o aprendizado: cognição e emoção trabalham em conjunto.

É sabido que a qualidade e a profundidade do aprendizado de um aluno são aprimoradas quando ele tem oportunidades de interagir com outras pessoas e fazer conexões significativas com o conteúdo aprendido. Integrar o desenvolvimento social e emocional com a instrução acadêmica é fundamental para o sucesso de nossos jovens e, portanto, para o sucesso de nosso sistema educacional e da sociedade em geral.

Além disso, o investimento em educação socioemocional ajuda a evitar problemas sérios da vida escolar, como ansiedade, depressão, baixa autoestima e bullying.

Os efeitos desse aprendizado, porém, são muito mais duradouros. Ao exercitar as competências socioemocionais ao longo de sua formação, os alunos transformam as habilidades adquiridas em valores expressos em seu cotidiano pelo resto de suas vidas. E quem há de discordar que o mundo está carente de mais empatia, diálogo e boas decisões?

Fontes:

https://casel.org/what-is-sel/

https://escoladainteligencia.com.br/bncc-e-competencias-socioemocionais-

https://casel.org/impact/

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