Conheça os diferentes modelos de ensino híbrido

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Conheça os diferentes modelos de ensino híbrido

Por Camila Pereira

O ensino híbrido se caracteriza por ter um foco maior no processo de aprendizagem do que no repasse de conteúdo. O aluno deve ocupar o lugar de protagonista da sua jornada de aprendizado. Mas existem diferentes modelos de ensino híbrido que podem ser aplicados de acordo com as necessidades e possibilidades de cada contexto.

O princípio fundamental do ensino híbrido é a personalização. Para isso, pode ser necessário usar ferramentas diversas que possibilitem ao estudante evoluir no seu próprio tempo. Não basta, no entanto, adicionar elementos digitais – por exemplo, tentar reproduzir a mesma aula presencial de antes da pandemia por videoconferência não é ensino híbrido, pois dessa forma o professor continua no centro do processo. De acordo com os pesquisadores do Clayton Christensen Institute, os modelos utilizados no ensino híbrido podem estar em uma das seguintes categorias:

  1. Modelo de Rotação: os alunos se revezam entre atividades desenhadas previamente pelo instrutor, que podem ser feitas individualmente, em grupo, com ou sem a presença síncrona do professor. Por exemplo, o modelo de sala de aula invertida, em que o aluno primeiro tem contato com a teoria em casa para depois realizar discussões e outras atividades sobre o tema presencialmente.
  2. Modelo Flex: tem mais ênfase no ensino online. Os estudantes realizam suas tarefas e contam com o professor para tirar dúvidas, definir a estratégia de estudos e organizar atividades em grupo
  3. Modelo à la Carte: o aluno conta com o suporte do professor para definir os objetivos de aprendizado, mas é ele quem define como eles serão alcançados. Pode contar com ferramentas online para promover a customização de acordo com seus interesses.
  4. Modelo Virtual Enriquecido: esse modelo acontece quase totalmente online, geralmente com apenas um dia presencial durante a semana em que recebem orientações dos professores e podem interagir com os colegas.

Pode-se perceber que, nesses modelos, é o aluno quem decide sobre como vai se dar ao menos um aspecto do seu aprendizado: a ordem em que vai executar as atividades, em qual tempo e duração, como vai aprender ou mesmo o que gostaria de aprender.

É importante notar que ser protagonista, nesse caso, não significa ficar sem suporte: o papel do professor como mediador continua sendo fundamental para ajudar o aluno a evoluir. Para isso, ele deve criar experiências onde os alunos tenham a oportunidade de debater, estimular a curiosidade, resolver problemas e exercitar o pensamento crítico. Além disso, se a tecnologia entra como uma ferramenta que possibilita ao aluno ter algum controle sobre seu processo de aprendizagem, ela também precisa oferecer ao professor indicações de onde ele está durante este processo. A possibilidade de avaliar e acompanhar o aprendizado, mesmo que de forma remota, são características importantes de serem encontradas nas tecnologias escolhidas.

Como muitos professores e pais têm notado, reproduzir uma aula presencial em formato online traz prejuízos. Muito é perdido com a falta de interações humanas. Dadas as perspectivas atuais com relação ao isolamento social, será necessário adotar novas formas de ensinar e aprender que sejam adaptáveis às circunstâncias que vamos encontrar. Por isso, é importante repensar não apenas as ferramentas digitais que a serem empregadas na aprendizagem a partir de agora, mas também como e para quê estamos ensinando. Um modelo que permita ao estudante se desenvolver em termos de autonomia, senso crítico, comunicação e criatividade pode ser a melhor resposta para os próximos tempos.

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