Inteligência artificial na educação: o que esperar?

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Inteligência artificial na educação: o que esperar?

Uso de programas capazes de tomar decisões a partir do processamento de dados abre inúmeras possibilidades e já transforma a maneira como aprendemos

Publicado por Camila Pereira
Data: 04/12/2020

A inteligência artificial já está presente em várias esferas de nossa vida, e não é segredo que ela poderá alterar profundamente a sociedade em um futuro não tão distante. Isso levanta discussões sobre até onde esse nível de automação poderia chegar. Quais profissões vão desaparecer? Os carros autodirigidos serão maioria? Quão seguros estaremos com máquinas tomando decisões no nosso lugar? E, claro, quais serão os impactos do uso da inteligência artificial na educação?

Para poder vislumbrar respostas a essas e outras questões, é fundamental compreendermos o que é essa tecnologia. Quando falamos em inteligência artificial (também conhecida pela sigla IA ou AI, esta última da expressão em inglês artificial intelligence) estamos nos referindo a programas de computador capazes de tomar decisões de forma independente a partir do processamento de dados que recebem como entrada.

Atualmente, a maioria das aplicações de IA são capazes de executar uma tarefa apenas a partir do treinamento com um conjunto de dados disponibilizado. Embora muitos dos modelos computacionais utilizados sejam inspirados nos processos de aprendizagem do ser humano, ainda não é possível replicar a forma como aprendemos, resolvemos problemas e criamos. Isso porque nesses processos entram em cena não apenas o conhecimento acumulado, mas também a capacidade de imaginação, a criatividade e a empatia, entre outras habilidades tipicamente humanas.

Por outro lado, a inteligência artificial já consegue processar uma quantidade muito mais alta de dados do que poderíamos fazer. Isso lhe permite ter uma visão mais objetiva, embora ainda sujeita a diferentes interpretações. Afinal, não podemos esquecer de que esses algoritmos são treinados por um ser humano, e por isso não estão livres de vieses.

IA na educação

E como a inteligência artificial pode ser usada na educação? Algumas aplicações são as seguintes:

  • Learning analytics: a partir de uma grande quantidade de dados, o sistema consegue medir e predizer o comportamento dos estudantes. Normalmente utilizado em MOOCs (Massive Open Online Courses), cursos online abertos que alcançam muitos usuários.
  • Robótica educacional: utiliza sistemas pré-treinados com IA para que os alunos possam construir seus próprios robôs a partir deles.
  • Sistemas tutores inteligentes: são sistemas que se propõem a oferecer exercícios, feedback e instruções customizadas para os estudantes, de forma automatizada e imediata.

Também podem ter impacto na educação outras aplicações desse tipo de tecnologia, como o processamento de linguagem natural, com reconhecimento de fala; a tradução simultânea; o reconhecimento de imagens; e muitas outras.

Fato é que a IA deve trazer muitas transformações para a educação, tanto a formal, em instituições como escolas e universidades, como a não formal.

No caso da educação formal, já existem plataformas que analisam e corrigem textos de alunos, dando um feedback imediato que seria impossível para um professor. Além disso, ainda passam a este uma fotografia das principais dificuldades da turma e dos pontos que precisam ser reforçados conjuntamente e individualmente.

Já na educação não formal, cada vez se tornam mais comuns plataformas que usam a IA para permitir o aprendizado autônomo de diversos conteúdos, de idiomas a matemática. Isso torna possível que um aluno ou profissional avance de forma independente nos temas que mais lhe interessam, com benefícios para seus estudos formais, sua carreira ou sua vida pessoal.

Ainda há, no entanto, alguns equívocos com relação ao que é IA, com algumas aplicações afirmando que fazem seu uso quando na verdade oferecem apenas uma automação tradicional através de software. Para ser considerado uma inteligência artificial, um sistema deve ser capaz de chegar a resultados a partir das informações coletadas, não reproduzindo a mesma saída para a qual foi inicialmente programado.

Diante desse cenário, cada vez mais se discute a necessidade de universalizar as habilidades básicas de processamento de dados, colocando o aluno no lugar de programador. É interessante também notar como o impacto dessas tecnologias influenciará a nossa organização enquanto sociedade, incluindo no currículo escolar e nas demais esferas de reflexão discussões éticas a respeito das suas aplicações.

Por fim, uma das questões mais levantadas é: o professor está entre as profissões ameaçadas pelo futuro da inteligência artificial? Esta resposta depende principalmente da forma como entendemos a educação. Afinal, se pudermos ser educados por robôs, para que ainda educaremos humanos? Esta pode ser uma chave para entendermos como a tecnologia poderá afetar o papel do professor em qualquer cenário futuro.

Quer conhecer exemplos práticos do uso da inteligência artificial na educação?

Visite a página de podcasts da Education Journey e ouça os episódios com Thiago Rached, CEO da Letrus, e Patricia Oakim, CEO da AIO Educação, para saber como essa tecnologia já está ajudando os estudantes no letramento e na preparação para o Enem!

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