Cinco formas de promover a interação no ensino remoto

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Cinco formas de promover a interação no ensino remoto

Estimular a colaboração entre estudantes no ambiente virtual pode ser um desafio, mas há metodologias e ferramentas que ajudam nesse processo 

Publicado por Luisa Pereira
Data: 18/01/2021

A pandemia de Covid-19 fez com que muitos estudantes passassem a ter, do dia para a noite, uma rotina de teleconferências comparável à de executivos. Com a notável diferença, claro, de que estão em uma idade em que o convívio social é absolutamente crucial e a inibição e a insegurança costumam dar as caras. Por sorte, existem maneiras de fomentar a interação entre alunos — e também com o professor — no ensino remoto.

  1.     Utilize salas temáticas (breakout rooms) durante a aula

 Algumas plataformas de videoconferência, como o Zoom e o Google Meet, possibilitam a criação de salas virtuais separadas para dividir temporariamente os participantes de uma reunião (ou, no caso, de uma aula on-line). Essas salas são ideais para que, após ouvir o professor expor algum tópico para toda a turma, os alunos possam resolver atividades e problemas em grupos menores. Assim, eles têm mais incentivos para conhecer os colegas e podem ficar mais à vontade para participarem e se envolverem nas aulas. 

  1.     Desenvolva mais projetos em grupos

Os projetos colaborativos são outra maneira de promover a interação entre colegas de classe em ensino remoto. Neles, os alunos podem se ajudar mutuamente, compartilhando ideias e encaixando momentos sociais no dia a dia. A interação em grupos reduzidos costuma ocorrer de maneira mais fluida, facilitando que eles se conheçam e criem uma rede de suporte.

É importante, porém, não criar a obrigatoriedade de que a equipe realize encontros virtuais sincrônicos. Nem todos os alunos têm acesso à internet com alta capacidade para chamadas de vídeo ou podem se conectar à rede a qualquer momento do dia. Por isso, ofereça a opção de que o trabalho seja feito de forma assíncrona, como pelo Google Suite, ou até por mensagens de celular e ligações. O fundamental é propor atividades que estimulem a troca de ideias, estando atento às possíveis diferenças no nível de conectividade entre os estudantes.

  1.     Implemente o feedback peer-to-peer 

O feedback peer-to-peer, ou de aluno-para-aluno, consiste no intercâmbio de trabalhos entre os estudantes para revisão. O método traz benefícios para todos: ao exercerem o papel de revisores, os alunos aprendem com o processo, e ao terem seus próprios trabalhos revisados, têm a oportunidade de aprimorá-los antes da avaliação pelo professor. Além disso, é mais uma oportunidade para que os colegas conversem fora do período da aula e criem um sistema de apoio para futuras atividades avaliativas.

  1. Disponibilize horários para mentorias individuais on-line

As mentorias individuais podem ser tanto opcionais como obrigatórias. São reuniões curtas, de 10 a 15 minutos de duração, nas quais o participante pode falar com o professor sobre a matéria, esclarecer quaisquer dúvidas que não tenha conseguido sanar durante as aulas e até conversar sobre assuntos não acadêmicos. O objetivo dessas mentorias é criar um espaço para que o professor saiba como seus alunos estão se sentindo — mesmo aqueles que não falam ou não ligam o vídeo nas reuniões virtuais. Além disso, elas são uma ótima oportunidade para receber feedback sobre as próprias aulas, já que no ensino remoto é mais difícil ler as expressões faciais e interpretar a comunicação não verbal dos alunos para medir o interesse e a compreensão do conteúdo. 

  1.     Crie espaços de estudo on-line

 Esses espaços virtuais podem ser uma sala no Zoom, no Google Meet ou em outras plataformas onde os alunos possam entrar para colaborar com seus colegas e se preparar para avaliações ou trabalhos. Uma ideia é pedir que a turma crie perguntas de revisão sobre um assunto abordado em aula. Os espaços de estudo virtuais trazem momentos estruturados de colaboração entre os estudantes, mas sem a pressão da sala de aula, já que o professor não está presente.

Como vimos, se em uma aula presencial a colaboração e a interação entre os presentes ocorre de maneira mais natural, no ambiente virtual ela depende mais de ações intencionais por parte do educador. O esforço, porém, pode ser recompensado com a criação de conexões reais que ajudem a mitigar a sensação de isolamento trazida pelo fechamento das escolas — especialmente em um contexto em que não sabemos com certeza quando as aulas presenciais poderão ser retomadas.

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