Inclusão digital é fundamental para democratizar educação

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Inclusão digital é fundamental para democratizar educação

Inclusão digital é fundamental para democratizar educação

Para que alunos possam se beneficiar do potencial de inovação da tecnologia, é fundamental investir na universalização de dispositivos com acesso à internet

Publicado por Bruna Fleury
Data: 17/02/2021

O mundo contemporâneo é marcado pelo uso de inúmeros recursos tecnológicos que transformam em uma velocidade assombrosa a forma como nos comunicamos, organizamos e produzimos. A educação, como tantos outros setores, também tem muito a se beneficiar desta revolução. Para isso, é fundamental promover a inclusão digital de alunos e professores.

Inclusão digital nada mais é do que o processo de democratização do acesso a essas tecnologias, de forma a permitir a inserção dos indivíduos na sociedade da informação e do conhecimento. Ela é de extrema importância para garantir uma educação mais democrática e inovadora para todos.

Essa necessidade se tornou ainda mais premente com a pandemia de Covid-19, que levou ao fechamento de centros educativos e empurrou professores e alunos ao ensino remoto — muitas vezes sem a estrutura e a capacitação adequadas.

Mudança de paradigma

A crise sanitária levou a uma mudança de paradigma na educação, especialmente em contextos mais marcados pelo ensino tradicional, como é o caso do brasileiro. Segundo reportagem da revista Exame, mais de 54 milhões de estudantes, nos ciclos básico e superior, tiveram suas rotinas alteradas durante a pandemia.

A nova dinâmica escolar e acadêmica agora inclui videoaulas, lives (transmissões ao vivo feitas pelos professores), postagens em redes sociais, comunicação via aplicativos e outras plataformas. A tecnologia proporcionou maneiras de inovar e avançar no modo como promovemos o saber, viabilizando a educação de jovens e adultos em todo o país.

No entanto, a nova realidade também escancarou e aprofundou a desigualdade existente entre os alunos. No total, segundo o Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), 4,8 milhões de crianças e adolescentes brasileiros com idades de 9 a 17 anos não têm internet em casa. Ao contrário do que se poderia pensar, o problema atinge não apenas as zonas rurais, mas também comunidades carentes dos grandes centros urbanos.

Apesar de que já existiam projetos de inclusão digital mesmo antes da pandemia, muitos ainda se limitam à realização de pesquisas escolares em locais direcionados para esse fim, como bibliotecas. Ainda que representem uma possibilidade de experimentação com ferramentas e contextos digitais para alunos que muitas vezes não conseguem se conectar nem em casa, nem na escola, essas iniciativas são insuficientes.

Para garantir a democratização do acesso à educação, é fundamental que o poder público invista de fato na inclusão digital de professores e alunos –algo que será extremamente importante mesmo após controlada a disseminação do coronavírus.

Futuro da educação

“Experimentar e aderir à tecnologia era o passo crítico [que faltava] para a gente conseguir trazer mais inovação para a educação”, avalia o CEO da rede de estudos Passei Direto, Rodrigo Salvador, no primeiro podcast da Education Journey

Na avaliação dele, a experiência adquirida com a prática generalizada do ensino remoto deixará marcas no setor. A absorção de novas tecnologias educacionais aponta para uma mudança no perfil da educação, com maior foco na acessibilidade, personalização e eficiência do ensino.

Nessa conjuntura, as startups e as edtechs (empresas de tecnologia educacional) assumem um papel de incontestável importância no desenvolvimento de soluções para problemas e limitações desse mercado.

Para além das plataformas de ensino à distância e de gestão educacional, ferramentas como inteligência artificial, internet das coisas, aprendizado de máquina e jogos educativos podem gerar novas transformações no setor e contribuir para uma mudança nas dinâmicas de ensino atual no país.

Diante dessas perspectivas, a inclusão digital torna-se ainda mais urgente. Para garantir que todos os alunos possam se beneficiar do potencial inovador das tecnologias educacionais, diminuindo as desigualdades atuais, é fundamental que o acesso universal a dispositivos conectados à internet esteja no topo das prioridades de gestores públicos e grandes empresários.

Quer saber mais sobre como as ferramentas digitais podem transformar a educação? Leia nossos artigos sobre o uso da tecnologia no setor.

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