Desafios para a incorporação da tecnologia na educação

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Desafios para a incorporação da tecnologia na educação

Desafios para a incorporação da tecnologia na educação

Problemas de infraestrutura e até desconfiança dificultam o uso de ferramentas inovadoras em instituições de ensino, mas há maneiras de minimizá-los

Publicado por Bruna Fleury
Data: 24/02/2021

A incorporação da tecnologia na educação é imprescindível para garantir que as instituições de ensino atendam às necessidades educacionais e do mercado de trabalho do século XXI. Quando usadas de forma adequada, as ferramentas digitais são de extrema importância para a formação de pessoas que imaginam, testam, se arriscam, põem a mão na massa, percebem suas habilidades e limitações, trabalham em rede e são conscientes de seu lugar no mundo contemporâneo.

No entanto, apesar da disseminação desenfreada da tecnologia em nossas vidas nas últimas décadas, ainda há desafios importantes para sua implementação em sala de aula. No Brasil, um dos países mais desiguais do mundo, um dos principais problemas é o próprio acesso à infraestrutura adequada: em todo o país, há milhões de professores e alunos sem computadores ou outros dispositivos com acesso à internet de qualidade.

Mesmo quando esses recursos estão disponíveis, porém, há outros obstáculos a serem superados. Alguns deles são o desconhecimento, a desconfiança e até a dificuldade objetiva de educadores no manejo de novas ferramentas.

Além disso, a carência de programas de formação de professores que tenham como foco práticas inovadoras de ensino também faz com que muitos não tenham a mente aberta para processos educativos cada vez mais interdisciplinares e conectados com os imperativos sociais e profissionais do século XXI. E, sem estar integrado a metodologias inovadoras e a um currículo relevante para os tempos atuais, o potencial do uso da tecnologia na educação acaba sendo limitado.

Parceria entre edtechs e professores

No entanto, existem muitos educadores interessados em melhorar suas experiências pedagógicas através do uso da tecnologia, especialmente neste momento em que a pandemia de Covid-19 interrompeu as aulas presenciais e empurrou o aprendizado para o ambiente virtual.

Soluções desenvolvidas por edtechs (empresas de tecnologia educacional) vêm ganhando espaço e acelerando a transformação na forma como se ensina as mais diversas disciplinas, de matemática a redação.

Uma dessas empresas é a Letrus, que iniciou sua trajetória de sucesso anos antes da pandemia. A plataforma de letramento desenvolvida pela empresa usa uma inteligência artificial linguística para analisar a produção de textos dos alunos, dando um feedback imediato sobre os pontos a melhorar e entregando ao professor um raio-x das principais dificuldades de cada turma.

Em entrevista ao podcast da Education Journey, o CEO da empresa, Thiago Rached, conta que a plataforma inicialmente foi alvo da descrença de parte dos professores. “A  maneira com a qual conseguimos sair dessa situação de desconfiança foi tendo uma conversa muito aberta e muito franca com eles”, conta.

Ele diz considerar a insegurança dos educadores legítima, e avalia que muitas edtechs falham ao não levar em consideração as necessidades do professor. “O professor é o líder, a professora é quem faz acontecer. Muita gente pensa no produto para o aluno, mas esquece a pessoa mais importante, que é quem vai gerir esse processo”.

No caso da Letrus, Rached diz que o sucesso do programa é medido não apenas pela aprendizagem e pelo engajamento dos estudantes, mas também pela forma como facilita a vida do professor. E avalia que, para conquistar maior aceitação, é essencial alinhar objetivos com os educadores, permitir que testem a ferramenta em um ambiente seguro e utilizar as considerações deles para o aperfeiçoamento contínuo do produto.

Mudanças de paradigma

Muitas vezes, a incorporação de novas tecnologias na educação representa uma mudança de paradigma no papel do professor e do aluno. O estudante passa a adquirir maior protagonismo no próprio aprendizado, o que costuma aumentar seu engajamento e os níveis de sucesso e qualidade do que é aprendido. Já o professor deixa de ser o centro do processo de aprendizagem para atuar mais como um facilitador.

Para que a implementação da tecnologia nas escolas seja bem-sucedida, os gestores têm de ter sempre em mente as necessidades específicas de suas instituições, bem como aquelas que vêm do corpo docente e discente. Dessa forma, podem realizar as mudanças estruturais, metodológicas e curriculares em favor de uma educação conectada com o mundo contemporâneo.

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