Fundador da Resilia fala sobre como a empresa tem conseguido formar jovens, especialmente de baixa renda, para atuar no mercado de tecnologia
Publicado por Education Journey
Data: 14/06/2021
Ao fundar a Resilia, Bruno Cani tinha como objetivo preparar jovens, especialmente de baixa renda, para um mercado com alta empregabilidade: o de desenvolvedores full stack.
Com a primeira turma formada há apenas sete meses, ele diz ficar “arrepiado” com as histórias de sucesso que os alunos vão acumulando. “É incrível conseguir transformar um entregador do iFood num desenvolvedor do iFood, um jornaleiro da Rocinha em um programador, um ajudante de mudanças em um analista júnior”, diz ele à nossa CEO, Iona Szkurnik, no nono episódio do podcast da Education Journey.
Bruno explica que isso vem sendo possível porque a empresa desenvolveu uma formação mais rápida, acessível e eficiente para a inserção desse público no mercado de trabalho. Em apenas seis meses, o aluno aprende não apenas habilidades técnicas, mas também a ter iniciativa, aprender a aprender, saber se comunicar e trabalhar em equipe — soft skills que muitas vezes diferenciam um candidato de renda mais alta de outro que vem de um contexto socioeconômico desfavorável.
Além do conteúdo, a empresa também busca reduzir as lacunas que prejudicam as classes menos privilegiadas, como é o caso do networking. Para isso, mantém parcerias com dezenas de empresas que acabam recrutando muitos de seus formandos.
Somados a um modelo que permite o pagamento do curso apenas após sua conclusão, esses fatores têm permitido à Resilia cumprir seu objetivo. De acordo com o CEO, 65% dos alunos são oriundos do ensino médio na rede pública e 75% têm ensino superior incompleto. Do total, um terço são mulheres, e dois terços são negros. Além disso, cerca de 55% têm renda familiar mensal de até 2 mil reais, e 80% têm renda per capita de até mil reais.
Esse perfil fez com que, durante a pandemia, a empresa tivesse que lidar com questões bastante desafiadoras para viabilizar a continuidade dos estudos dos alunos. Bruno conta que a escola patrocinou internet, mandou computadores extras para quem precisava dividir o seu com parentes e até forneceu apoio psicológico para ajudá-los a navegar esse período conturbado.
No podcast, Bruno fala também sobre sua trajetória pessoal, na qual se nota que o envolvimento com a educação de pessoas de baixa renda esteve presente desde cedo.
Durante a graduação em Economia, ele participou do NEAM, núcleo da PUC-Rio que se dedica a dar aulas particulares para jovens de escolas públicas. No Gera Venture, empresa de investimentos focada em educação, atuou num fundo de venture capital voltado para edtechs. Depois, ajudou a lançar a Escola Eleva e a fundar o Janelas Abertas, instituto parceiro da Eleva que financia bolsas de estudo para crianças e adolescentes de baixa renda.
Dessas experiências ricas e incríveis surgiu a Resilia e sua missão de promover o acesso à educação e à empregabilidade, trazendo para o mercado novos talentos e mais diversidade.
Quer saber mais sobre a Resilia e a trajetória de Bruno Cani? Ouça agora nosso podcast!
Sobre a Resilia
A Resilia é uma startup fundada em 2019 que tem como objetivo formar desenvolvedores fullstack para o mercado que mais tem crescido nos últimos anos, o de tecnologia. Um dos principais objetivos da empresa é garantir a entrada de novos talentos na área e trazer mais diversidade ao setor. Seus diferenciais são as mensalidades mais acessíveis, que podem ser pagas apenas quando o aluno já estiver empregado, e um treinamento intensivo de 6 meses, o que possibilita a entrada quase imediata dos alunos no mercado de trabalho.
Dica do Bruno Cani
- Livro:
- Dedique-se de coração: A história de como a Starbucks se tornou uma grande empresa de xícara em xícara. Howard Schultz