Como criar um ecossistema de aprendizagem para startups em crescimento acelerado
Por Marcela Zaidem e Pedro Serpa*
A Hash nasceu com uma cultura organizacional bem definida: permitir que nossos(as) Hashers tenham autonomia local e criar um ambiente saudável e seguro para todas as pessoas. Sem dúvidas, quando pensamos em autonomia, olhamos muito para o viés da tomada de decisão dentro do seu escopo e envolvendo os principais stakeholders do tema. Porém, quando vamos além, podemos – e devemos – olhar para essa autonomia também com a responsabilidade sobre a própria carreira. Isso inclui olhar para o seu desenvolvimento e ser responsável por ele, dentro e fora do escopo de trabalho.
Portanto, é fundamental gerar oportunidades de desenvolvimento. Reter talentos vai além dos benefícios. Para nós, incentivar o aprimoramento profissional de cada um e permitir que se cresça em conjunto com a empresa é uma forma de garantir um time afinado e cada vez mais preparado para enfrentar os desafios do nosso mercado. Entendemos que a indústria em que atuamos possui muitos desafios, desde encontrar bons parceiros que atendam às nossas demandas de desenvolvimento – que não são poucas -, até parceiros que estejam abertos a desenvolver temas de forma mais personalizada. Falar de desenvolvimento humano envolve uma vasta amplitude de temas e, internamente, sabíamos que seria muito complexo encontrarmos plataformas que suprissem as nossas dores.
Daí surgiu o nosso grande desafio: disseminar a nossa cultura e criar um ambiente favorável e incentivador para o crescimento pessoal e profissional de cada um. Por isso, sabíamos exatamente o que fazer quando procuramos oferecer algo a mais para o nosso time. Queríamos algo diferenciado, inovador e que viesse para agregar.
A Hash é uma empresa composta por diversas áreas e por pessoas que anseiam por desenvolvimento profissional e pessoal. Olhamos não apenas para “Como esse alguém pode ser melhor para a Hash?”, mas também para “Como podemos apoiar esse(a) profissional a ser melhor em sua completude?”. Isso nos trouxe um caminho adicional, pensando na construção das nossas trilhas de desenvolvimento voltadas para Tecnologia, Produto, Dados, entre outras áreas técnicas, além de apoiar temas como a comunicação não-violenta, liderança e inovação.
Paralelamente a essa busca, em março de 2021, conhecemos a Iona – CEO da Education Journey – em uma Live sobre mulheres na nova economia. Ao entender melhor sobre a edtech, compreendemos que as dores da Hash poderiam encontrar um parceiro para suportá-las. Foram meses de conversas, encontros e trocas importantes para desenhar uma experiência única para os(as) Hashers. O nosso desejo era claro: queríamos entregar o melhor para a Hash e para os(as) Hashers.
Na intenção de proporcionar acesso às melhores edtechs do mercado, construímos um escopo personalizado – com o apoio e a expertise do time da Education Journey – para propor uma linha de aprendizagem contínua. Hoje, o nosso time tem acesso aos mais diversos cursos nos quais podem desenvolver as suas habilidades técnicas e comportamentais. O resultado desse esforço é visível, com mais de 59% dos(as) Hashers utilizando a plataforma da EJ, somando mais de 440 horas de cursos em áreas como Gestão, Análise de Dados, Autodesenvolvimento, entre outras.
Com a confirmação da tendência do ensino híbrido e remoto na área de educação, esse ritmo de crescimento de edtechs só vai acelerar. O número de startups focadas em ensino passou de 434 para 559 em dezembro de 2020, um aumento de 28%, segundo dados do Distrito. Globalmente, a projeção é que essa indústria movimente US$350 bilhões no mercado até 2025. A expansão vem para ajudar cada vez mais a área educacional com uma tecnologia inovadora, e tem sido um grande benefício para nós. A Hash abraçou a parceria com a Education Journey e proporcionar esse desenvolvimento para o(a)s Hashers tem sido essencial no trajeto de cada pessoa que está aqui. Essa união entre o ecossistema de edtechs junto ao meio corporativo vem conquistando cada vez mais força e ainda irá muito mais além.
*Marcela Zaidem é Chief People Officer na Hash, fintech do setor de meios de pagamento e Pedro Serpa é Coordenador de Desenvolvimento & Performance na Hash.