Os investimentos em tecnologia na área de educação mais do que dobraram desde o início da pandemia de covid-19, segundo reportagem do Valor Econômico. Esse crescimento transformou as edtechs no terceiro maior setor de startups no Brasil, atrás apenas de fintechs e healthtechs.
As tendências de investimento em edtechs
Em 2022, as empresas de edtech movimentaram pouco mais de US$ 25 bilhões, muitos dos quais podem ser atribuídos a acordos de fusões e aquisições, segundo a PitchBook. Contudo, tanto ‘Venture Capital’ (VC) quanto ‘Private Equity’ (PE) vem recuando.
De acordo com a PitchBook, entre 2012 e março de 2023, as 14.613 edtechs registradas na plataforma receberam 30.646 ofertas oriundas de 20.450 investidores. Veja mais números de investimentos em edtechs no período:
Capital investido – US$ 266,29 bilhões
Maior negócio – US$ 7,75 bilhões
Pós-avaliação média – US$ 15,2 milhões
As empresas que receberam maior investimento estão localizadas nos Estados Unidos, na China e na Índia. Com sede na Índia, a BYJU’S é a edtech com maior arrecadação com US$ 6,4 bilhões investidos.
Dados do Brasil
No Brasil, o segmento de edtechs cresceu nos últimos anos, tornando-se o terceiro maior em startups. Segundo o levantamento “Mapeamento Edtech 2022: Investigação sobre as tecnologias educacionais no Brasil”, elaborado pela Deloitte e pela Associação Brasileira de Startups (Abstartups) mostrou que o número de empresas no setor cresceu 44% no ano passado.
Em 2021, no auge de captação de recursos, a Descomplica, mais conhecida por atividades de reforço para Enem e vestibulares, recebeu um aporte de US$ 84,5 milhões (cerca de R$ 450 milhões), marcando um dos maiores investimentos em uma edtech no Brasil.
No ano passado, o setor de edtechs somou investimentos de US$ 61,36 milhões divididos em 48 rodadas, segundo relatório da Distrito. Apesar disso, nenhuma companhia do ramo se tornou unicórnio no Brasil, mesmo com o setor ganhando força desde a digitalização forçada pela pandemia.
Investimentos no Brasil diminuem
Contudo, o primeiro trimestre de 2023 não foi muito animador para o cenário de VC nacional, de maneira geral. Um levantamento do Distrito aponta uma queda de 86% nos aportes em startups brasileiras no primeiro trimestre deste ano, quando comparado ao mesmo período do ano passado.
O relatório mostra que os três primeiros meses de 2023 totalizaram 91 rodadas, movimentando cerca de US$ 247,02 milhões em investimentos. No mesmo trimestre de 2022, o setor contabilizou 306 rodadas e US$ 1,7 bilhões.
Qualificação urgente da força de trabalho
O segmento global de edtechs voltadas para o desenvolvimento da força de trabalho, também chamado em inglês de Workforce Development, deve crescer US$ 2,3 bilhões até 2027, com um CAGR de cerca de 6,82% durante o período de previsão segundo relatório da Technavio.
E o investimento de empresas na requalificação em larga escala da mão de obra pode trazer um ganho no PIB global de US$ 6,5 trilhões e levar a criação de 5,3 milhões de empregos até 2030, aponta pesquisa do Fórum Econômico Mundial com a consultoria PwC.
Isto porque o constante avanço tecnológico exige cada vez mais a requalificação dos profissionais, e as empresas têm encontrado dificuldade em contratar profissionais qualificados. Um estudo da ManpowerGroup, multinacional de recrutamento e soluções de força de trabalho, apontou que o índice de escassez global de talentos atingiu 75%, o maior nível em 16 anos. Isso significa que 3 em cada 4 empregadores relataram dificuldade em encontrar profissionais qualificados.
O levantamento Future of Jobs 2023, do Fórum Econômico Mundial, mostrou que seis em cada 10 trabalhadores precisarão de treinamento até 2027. O mesmo relatório estima que, em média, 44% das habilidades de um trabalhador precisarão ser atualizadas.
Contudo, o Fórum Econômico Mundial mostra que apenas metade dos funcionários tem acesso a oportunidades de treinamento adequadas atualmente, ressaltando a necessidade de investimento em ferramentas de educação.
Portanto, as empresas têm um papel fundamental no desenvolvimento dos colaboradores, haja visto que melhorar a educação de base é algo que leva muito mais tempo.
“Acredito que a educação corporativa é uma das armas mais eficazes, verdadeiras e inteligentes para transformação da workforce do Brasil. E mais do que isso, vamos transformar o Brasil num país mais produtivo, já que a baixa educação implica na baixa produtividade”, afirma Iona Szkurnik, CEO da Education Journey.
A educação corporativa, além de melhorar a performance dos colaboradores e dos times, ainda tem um papel essencial na retenção de talentos. O Brasil é o país com o maior índice de turnover do mundo, segundo levantamento realizado pela empresa especializada em Recursos Humanos Robert Half, com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
Segundo o relatório, o país registrou 56% de aumento no turnover em 2022, ficando à frente do Reino Unido (43%), França (51%) e Bélgica (45%). Ou seja, a retenção de talentos se tornou um grande desafio.
Uma das formas de reter os bons talentos é dando oportunidades de aprendizado e desenvolvimento. Segundo um relatório da LinkedIn Learning, cerca de 94% dos funcionários afirmam que ficariam mais tempo em uma empresa que oferece oportunidades de aprendizado e desenvolvimento.
Como resolver este desafio?
É justamente para resolver esse desafio que as empresas podem contar com a Education Journey. A Education Journey é uma plataforma de aprendizagem corporativa com capacidade de personalizar o ensino de habilidades para cada colaborador e recomendar os conteúdos que ele precisa e na hora que precisa para atingir metas.
Através do uso de Inteligência Artificial e Machine Learning, a plataforma faz a curadoria e organiza os melhores conteúdos para cada colaborador de forma individualizada levando em consideração seus desafios na empresa e preferências de aprendizagem.
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