Impulsionada pelo desenvolvimento das tecnologias digitais, a quarta Revolução Industrial traz consigo uma série de oportunidades e desafios para o ensino
Publicado por Bruna Fleury
Data: 14/12/2020
Atualizado em 12/04/2021
De tempos em tempos, surgem conceitos que têm como objetivo sintetizar as transformações em curso em um determinado setor da sociedade. Educação 4.0 é um desses termos criados com a finalidade de facilitar o entendimento sobre os rumos do mundo contemporâneo. Mas, afinal, que ideias ele engloba? Quais as principais mudanças em relação ao ensino tradicional?
Em resumo, a educação 4.0 é aquela que se estrutura a partir das possibilidades e das demandas inauguradas pela quarta Revolução Industrial — a revolução da internet, da digitalização e da coleta e análise de dados. Essa revolução inclui, entre outras tecnologias, a linguagem computacional, a inteligência artificial e a Internet das coisas (IoT). Juntas, elas têm transformado radicalmente a forma como produzimos, consumimos, pensamos e nos comportamos.
A educação pensada nesse contexto já não pode seguir os mesmos padrões de antes, quando o conhecimento era transmitido de forma homogênea e vertical dos professores aos alunos, reunidos em um mesmo espaço físico. Ao contrário, nas circunstâncias atuais ganham força a aprendizagem assíncrona, possibilitada por diversas ferramentas tecnológicas, e um ensino muito mais colaborativo e personalizado.
Na educação 4.0, as salas de aula coexistem como espaços físicos e on-line, invertendo a lógica até então vigente para que os alunos possam aprender em casa e passar o tempo nas aulas colaborando e aplicando seus conhecimentos a questões da vida real.
O cenário atual, portanto, favorece o learning by doing, ou seja, o aprendizado por meio da experimentação, tão presente na cultura maker. Essa maneira de ensinar e aprender pressupõe a cooperação entre os estudantes, a integração de diferentes áreas do conhecimento e a exploração de recursos tecnológicos variados para a resolução de problemas.
Desse modo, para entrar na era da educação 4.0, uma instituição de ensino tradicional precisa promover mudanças em três pilares principais, sempre de forma integrada: currículo, metodologia e tecnologia. Afinal, é preciso formar pessoas capazes de exercer sua cidadania e sua vida profissional em uma realidade que se transforma a grande velocidade.
No trabalho, a necessidade de habilidades tecnológicas, sociais e emocionais aumentará, ao mesmo tempo em que diminuirá a demanda por funções manuais e repetitivas. Muitas das profissões para as quais as pessoas estudam hoje se tornarão obsoletas em pouco tempo, e o currículo escolar precisa valorizar as habilidades digitais e as competências relacionadas ao aprendizado continuado, ao pensamento crítico, ao empreendedorismo, à cooperação e à resolução de problemas.
Para isso, também é muito importante explorar as chamadas metodologias ativas de ensino, como trabalhar com projetos, com investigações em equipe e com a produção de narrativas digitais. Instituições, educadores, especialistas e empresários devem discutir esse modelo, além de fomentar a criação de novos espaços e oportunidades para esse tipo de aprendizagem.
Por fim, é preciso promover uma maior incorporação de tecnologia à educação, colocando-a ao serviço da renovação do currículo e das metodologias de ensino. As promessas das novas ferramentas são muitas: possibilitar o aprendizado personalizado e baseado no domínio de habilidades, equipar os alunos com as habilidades digitais necessárias para as carreiras do século 21 e economizar o tempo do professor.
A transição para esse modelo tem sido facilitada pelo surgimento de diversas empresas de tecnologias educacionais (as chamadas edtechs) e pelo fato de que as novas gerações já nascem inseridas no mundo digital. Em 2017, estudo divulgado pela Unicef mostrou que as crianças constituíam um terço de todos os usuários da internet no mundo. Promover uma educação descolada dessa realidade é desperdiçar inúmeras oportunidades de aprendizagem.
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