As mudanças no mercado laboral são muitas e ocorrem em ritmo acelerado. Conhecer os principais movimentos é essencial para saber como se preparar
Por Bruna Fleury
As transformações no mundo do trabalho estão a mil. O desenvolvimento tecnológico e as diferentes crises que enfrentamos — econômica, climática e sanitária — trazem novos desafios e oportunidades a cada dia que passa. Enquanto o desemprego assombra milhões de pessoas, empresas penam para preencher postos estratégicos para seu desenvolvimento.
Conhecer as principais mudanças em curso é crucial para entender o que o mercado busca nesses dias — e também para guiar os esforços de requalificação profissional, tão necessários nos tempos atuais. Para ajudar, listamos abaixo cinco importantes tendências que estão revolucionando o emprego no século XXI:
1 – A automação está acabando com postos de trabalho tradicionais
O aumento da automação vem tornando inúmeras funções obsoletas já há algumas gerações, mas o ritmo de substituição da mão de obra humana por máquinas e computadores vem crescendo num ritmo cada vez mais acelerado.
Isso afeta principalmente aquelas profissões mais previsíveis, manuais ou repetitivas, como é o caso de pilotos, motoristas, contadores, operários de fábricas, entregadores, transportadores e profissionais de atendimento ao cliente.
A adoção de tecnologias como a robótica e a inteligência artificial, portanto, é um dos grandes fatores de transformação do trabalho no mundo atual — e exigirá um esforço enorme para requalificar e reinserir no mercado os trabalhadores cujas profissões forem extintas.
2 – A revolução tecnológica está criando novas demandas profissionais
O outro lado da moeda de todo esse desenvolvimento tecnológico é a criação de novas demandas profissionais. A chamada Quarta Revolução Industrial, fomentada pela transformação digital, pela nanotecnologia e pela biologia sintética, vem mudando a forma como vivemos, interagimos e trabalhamos. Essas mudanças operam em níveis tão profundos da existência e da organização de empresas e governos que podemos compará-las, em importância, às outras revoluções industriais.
Nesse cenário, ganham destaque profissões nas áreas da análise de dados, inteligência artificial, aprendizado de máquinas, engenharia, computação em nuvem, internet das coisas, economia verde, desenvolvimento de softwares, segurança de rede e marketing e outras estratégias digitais. Além disso, com o envelhecimento da população, profissões ligadas ao cuidado de pessoas também tendem a ter mais demanda.
3 – As habilidades socioemocionais estão em alta
Com tantos computadores, circuitos e robôs por aí, as habilidades socioemocionais tornam-se um diferencial e tanto no mercado de trabalho. Entre as soft skills mais buscadas no recrutamento de novos funcionários encontram-se o pensamento crítico e analítico, a criatividade, a flexibilidade, a resolução de problemas, a resiliência, a empatia, a autogestão, a comunicação e a aprendizagem ativa ou continuada.
Investir em habilidades como essas, que não são passíveis de serem realizadas por máquinas, é algo cada vez mais necessário para os trabalhadores e para as empresas.
4 – O trabalho remoto chegou para ficar (ao menos em parte)
A globalização e a digitalização já vinham trazendo mudanças significativas ao regime de trabalho de muitas pessoas, mas a pandemia de Covid-19 acelerou esse processo e difundiu a adoção do trabalho remoto. Ao que tudo indica, mesmo com o relaxamento das medidas de isolamento social, muitas empresas devem manter ao menos alguns dias de colaboração à distância.
Por um lado, esse modelo tem muitas vantagens. Para os funcionários, o home office possibilita economizar o tempo dos deslocamentos, reduzir os gastos com transporte e alimentação e conciliar melhor as demandas da vida pessoal e profissional (embora, para algumas pessoas, ocorra justamente o contrário). Já para as empresas, o teletrabalho representa a oportunidade de reduzir o tamanho dos escritórios, recrutar talentos de outras localidades, aumentar a diversidade da equipe e manter os empregados motivados — muitas vezes, com ganhos de produtividade.
No entanto, a ascensão do trabalho remoto traz consigo o risco de aumentar a desigualdade, já que uma parte significativa dos trabalhadores não tem acesso aos conhecimentos básicos ou mesmo aos dispositivos e à infraestrutura necessários para trabalhar remotamente.
Neste cenário, vale a pena investir no desenvolvimento de habilidades digitais que possibilitem ao trabalhador navegar com mais segurança e facilidade pelas diferentes ferramentas que foram incorporadas ao seu dia a dia. Além disso, é importante focar no desenvolvimento de competências socioemocionais que garantam mais resiliência, autodisciplina e motivação para as jornadas solitárias de trabalho. Já os líderes também precisam aprimorar suas estratégias de gestão para lidar com equipes dispersas.
5 – A aprendizagem constante é cada vez mais necessária
Depois de ler os tópicos anteriores, não é difícil entender porque investir em aprendizagem contínua é cada vez mais essencial. E, para atingir a escala necessária, os esforços de aprimoramento e requalificação (reskilling e upskilling, nos termos em inglês) não podem ficar restritos ao nível individual.
Muitas empresas já perceberam isso e estão trabalhando para desenvolver uma cultura de aprendizagem nas organizações, garantindo a formação continuada de seus colaboradores. Isso permitirá que muitos sejam realocados internamente para atender a novas demandas laborais à medida que o mundo evolui.
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