Um colaborador sem medo da transformação digital
Por Aline Pereira*
É inegável como a tecnologia facilita a rotina, aumenta a produtividade, torna nossas decisões mais eficazes e amplia nosso espectro de atuação. Entretanto, o que eu vou iluminar agora não são os códigos de programação, mas o indivíduo, o aspecto humano.
Quando nos referimos à eficiência, fomos educados a buscar soluções “one size fits all”. Mas somos todos diferentes e, hoje, nossas diferenças são cada vez mais valorizadas. Elas nos trazem a possibilidade de complementaridade, potencialização de inovação e solução de problemas.
Em um time de Gente e Gestão é mandatório que a gente reconheça nossos colaboradores não por uma matrícula, mas pelo seus talentos, competências, soft & hard skills, preferências, experiências, condição pessoal e outras variáveis.
Porém, em matemática simplória, essas sete variáveis em uma empresa com 1.000 team members, se traduzem em 6.930 pontos de dados, o que seria impossível de ser gerenciado por um humano. E é aí que voltamos aos códigos de programação. Graças à tecnologia, podemos analisar cada um desses 7.000 membros em detalhes!
Aprendendo mais sobre o time, podemos traçar objetivos específicos, ter uma comunicação mais eficaz, escolher benefícios, incentivos e modelos de remuneração que façam sentido para cada um deles. Ou seja, é através da tecnologia que conseguimos traçar nossa estratégia e engajar nossos times.
Ao mesmo tempo, conseguimos nos concentrar em conhecer nossos colaboradores da forma que a tecnologia não permite: o velho olho no olho ou a conversa no café! E foi assim que escutamos uma dor latente dos nossos profissionais: o medo de não acompanhar a transformação digital.
Então, o primeiro passo foi nos colocarmos como responsáveis em resolver o problema de atualização profissional que as transformações da tecnologia ocasionam. Afinal, se por um lado a transformação digital faz com que os setores da empresa caminhem em uma velocidade desproporcional. Por outro, surgem também novas oportunidades de preparar nossos colaboradores para estes reptos.
Era hora de colocar em pauta o reskilling e o upskilling. Por isso, a ideia de ter um benefício de educação que se encaixasse às necessidades e demandas de cada colaborador se tornou um fator importante. A gente precisava oferecer uma nova forma de aprender. E foi assim que começamos a procurar uma ferramenta que pudesse aliar tecnologia com aprendizagem para impulsionar o desenvolvimento e prepará-los para essa transformação.
Apostamos na startup Education Journey como nossa ferramenta de upskilling e reskilling. Com uma curadoria de edtechs e trilhas de aprendizagem para desenvolver as habilidades do mundo em transformação digital, a EJ consegue suprir a amplitude e diversidade de áreas de conhecimento que temos na Ambev. E foi assim, através de ações, que trouxemos a confiança de volta para nossos colaboradores.
Ao combinar os dados mapeados e as conversas com os colaboradores à proposta da Education Journey, tivemos certeza que poderíamos criar uma escola itinerante que atendesse todos os times e todos os indivíduos. A plataforma virou um caminho de direção única e estratégica, que abre espaço para investirmos tempo no que realmente importa, no desenvolvimento do recurso HUMANO. E foi através de ações que trouxemos a confiança de volta para nossos colaboradores.
A beleza de poder ter cada pessoa em sua melhor versão é que faz a transformação digital tão fascinante. É assim que faço meu convite a todos para mergulharmos juntos e sem medo no mundo da transformação digital… sempre com o olhar um no outro!
Aline Pereira é Head de People e Performance do Zone Brewery Supply (ZBS) da Cervejaria Ambev. A Ambev faz parte da Anheuser-Busch Inbev, conhecida como AB Inbev, uma das maiores empresas de bebidas do mundo.