Volta às aulas ocorre em meio a desafios e oportunidades

Navegue por tópicos

Compartilhe via:

Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp

Volta às aulas ocorre em meio a desafios e oportunidades

Ano letivo de 2021 começa rodeado de incertezas e com forte aposta no ensino híbrido. Confira o calendário por estado e as principais recomendações

Publicado por Rebeca Fontoura
Data: 08/02/2021

Cheiro de caderno novo, alunos e professores se apresentando, borrachas ainda brancas… Esse cenário desenrola-se a cada ano em escolas de todo o Brasil: a aguardada (e às vezes temida) volta às aulas. No entanto, em 2021, a incerteza ainda paira em muitas localidades: com a pandemia de Covid-19, como garantir um retorno seguro às escolas? E, nos locais onde isso não for possível, como melhorar o acesso e a qualidade da educação à distância neste novo ano letivo?

A suspensão do ensino presencial em 2020 trouxe prejuízos educacionais e psicológicos a muitos estudantes. Apesar do esforço de professores e redes de ensino para a adaptação ao ensino remoto, alunos sem acesso à internet  ou outras condições mínimas para acompanhar as aulas virtuais enfrentaram dificuldades inéditas na educação.

O ano letivo de 2021 será importante para recuperar parte dessas perdas e tentar retomar ao menos um pouco da rotina escolar, tão importante para crianças e adolescentes. Porém, no contexto atual, ocorrerá de forma distinta em cada localidade, tanto quanto à data de início quanto à modalidade de ensino.

Calendário de volta às aulas

Nas escolas do estado de São Paulo, por exemplo, o retorno às atividades presenciais foi autorizado com apenas 35% da capacidade de atendimento na fase atual da pandemia, tanto para as públicas quanto para as privadas. Assim, a ida à sala de aula deve acontecer em esquema de rodízio, com a educação continuando com aulas virtuais ou outras atividades remotas para os alunos que estão em casa.

Algumas escolas particulares que deram início ao novo curso já estão adotando esse modelo híbrido, com professores transmitindo ao vivo suas aulas ou usando videoaulas gravadas para chegar à parcela dos alunos em casa.

Na rede estadual paulista, o novo ano letivo começa neste 8 de fevereiro, enquanto nas redes municipais a volta está permitida desde 1º  de fevereiro, cabendo a cada município decidir a data exata de início. Na capital, foi definido o dia 15 de fevereiro.

Outras 23 redes públicas estaduais também já deram a largada para o ano letivo de 2021 ou ao menos fixaram uma previsão de início. As datas variam de janeiro a maio, já que, em alguns estados, o curso passado ainda não foi encerrado.

Confira abaixo a data de início do ano letivo de 2021 nas redes estaduais do país, lembrando que em alguns a volta às aulas ocorrerá de forma remota, enquanto em outros se dará de maneira híbrida:

  • Janeiro: Goiás (25/01)
  • Fevereiro: Amazonas (18/02), Ceará (01/02), Espírito Santo (04/02), Maranhão (22/02), Mato Grosso (08/02), Pará (03/02), Paraná (18/02), Pernambuco (03/02), Piauí (01/02), Rio de Janeiro (08/02), Santa Catarina (18/02), São Paulo (08/02), Tocantins (08/02)
  • Março: Alagoas (01/03), Amapá (08/03), Distrito Federal (08/03), Mato Grosso do Sul (01/03), Minas Gerais (04/03), Paraíba (01/03), Rio Grande do Sul (08/03), Sergipe (22/03)
  • Abril: Rio Grande do Norte (05/04)
  • Maio: Acre (02/05)
  • Sem data de volta divulgada: Bahia, Rondônia e Roraima

O retorno das redes municipais segue calendário próprio que precisa ser consultado diretamente em cada município. Da mesma maneira, as escolas particulares normalmente têm mais flexibilidade para definir o início do ano letivo.

Já nos institutos federais, o MEC (Ministério da Educação) autorizou o retorno às atividades presenciais a partir de 1º  de março deste ano, mas a definição do início das aulas caberá à direção de cada unidade.

Protocolos de segurança

Para que o retorno às atividades presenciais seja o mais seguro possível, uma série de medidas terá que ser tomada por toda a comunidade educativa. Além da redução do número de alunos por sala, a Unicef divulgou algumas diretrizes para os gestores:

  • Desenvolver um modelo de decisão para fechar e reabrir as escolas em caso de transmissão comunitária;
  • Treinar funcionários administrativos e professores na implementação de práticas de distanciamento físico e higiene escolar e aumentar o pessoal nas escolas, conforme necessário. A equipe de limpeza também deve ser treinada em desinfecção e estar equipada com equipamentos de proteção individual, na medida do possível;
  • Incentivar a alunos e funcionários o uso de álcool em gel para as mãos e enfatizar a importância do uso correto das máscaras. As informações sobre higiene devem estar amplamente disponíveis e acessíveis, inclusive em braile, e também em linguagem adaptada para melhor compreensão infantil;
  • Implementar métodos inovadores de apoio ao professor, como desenvolvimento profissional online, coaching ou tutoria para ajudar a aumentar os esforços de capacitação mais rapidamente.

No caso dos alunos, é recomendado que levem, além do material escolar usual, um frasco de álcool em gel ou líquido e máscaras, que devem ser trocadas em no máximo 3 horas, de acordo com a recomendação da OMS.

O que levar de 2020

Também é importante avaliar a experiência dos últimos meses para reconstruir e ressignificar o ensino tradicional. Em artigo recente, o diretor global de Educação do Banco Mundial, Jaime Saavedra, ressaltou a importância de utilizar a crise como uma oportunidade para colocar a educação no centro das prioridades globais.

Segundo ele, é preciso focar no ensino de habilidades úteis para os estudantes, facilitar o acesso a ferramentas digitais, atualizar a formação de professores, aumentar a efetividade da interação entre alunos e educadores e envolver as famílias na formação de crianças e adolescentes, melhorando as condições de aprendizagem em casa, especialmente nos domicílios mais pobres. 

Neste ano, com a vacinação ainda em andamento, o provável é que as escolas intercalem períodos de portas abertas com outros de portas fechadas. Assim, as ferramentas inovadoras de educação, como as plataformas de videoconferência e as salas de aula virtuais, continuarão tendo um papel fundamental. Mesmo o ensino presencial, que conhecemos tão bem, pode ser enriquecido a partir de métodos e ferramentas educacionais que essa fase crítica nos apresentou.

Se você é educador e deseja implementar métodos inovadores em sala de aula durante a volta às aulas, confira agora o Marketplace da Education Journey, onde separamos as melhores ferramentas do mercado de inovação em educação.

Fontes:

Secretarias de Estado de Educação

https://www.unicef.org/lac/en/recommendations%C2%A0-safe-return-schools

https://g1.globo.com/ap/amapa/noticia/2021/01/27/retorno-de-aulas-em-marco-em-formato-hibrido-depende-do-conselho-de-educacao-do-amapa.ghtml

Notícias relacionadas

Transforme sua organização com a mobilidade interna profissional

Transforme sua organização com a mobilidade interna profissional

Como criar uma cultura de aprendizagem em organizações modernas

Como avaliar o ROI em treinamentos corporativos?

Como avaliar o ROI em treinamentos corporativos?

Assine nossa news

E fique bem por dentro de todas as novidades da EJ